Previsão do Tempo

sexta-feira, 2 de março de 2012

Amor Incondicional - e Morreu nos seus Braços


JOCA. . Sim ele se chamava JOCA..
DONDOCA esperava-o todas as tardes. Amava-o demais, e quando não vinha, suas noites tornavam-se angustiosas. Sabia as horas em que ele vinha e ficava sentada a esperá-lo.
Às vezes, já estava prestes a dormir, quando ouvia o suave batido. Então ela abria a porta. Abraçava-o carinhosamente, longamente. E ambos iam dormir juntinhos.
Claro que tinha ciúmes. Claro que ela se zangava e o repreendia. Mas ela sabia que tudo se repetiria no dia seguinte. No entanto, bastava um carinho dele, do seu Romero, e ela se esquecia de tudo.
Sabia também que nem todas as noites eram para ele, noites de prazeres.
Conhecia-o bem. Sabia-o poeta: amante da noite, das estrelas, sonhador, a contemplar o infinito, namorador dos vagalumes.
Seresteiro das madrugadas, de vez em quanto enchia a noite de desafinados sons.
Sabia-o brigão. Nos ambientes que frequentava, havia muitos vadios.
Ele era assim, não podia mudá-lo.
Aceitavá-o como era.
Hoje de madrugada, Alice ouviu dois tiros. Levou apenas um susto, nada mais que isto. Nem podia imaginar que ele iria bater à porta àquela hora.
De repente, ouviu aquele conhecido sinal à porta. Abriu-a. Era ele.
Amparou-o. Depois de acariciá-lo e soltá-lo é que viu mancha de sangue em seus braços.
Deu o último gemido e morreu.
Agora DONDOCA está triste e desconsolada.
Está louca para arranjar outro GATO, mas um GATO que não saia muito à noite.

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